Quem nunca ouviu falar de Adriano Moraes desconhece um importante capítulo do esporte no Brasil. Esse nome carrega nada menos que a imponência de três títulos mundiais em rodeio pela Professional Bull Riders (PBR). Mesmo aposentado das competições há sete anos, Moraes mantém sua participação efetiva nesse cenário. É sócio-proprietário da PBR e se dedica ao cargo de diretor de Eventos da entidade. Além disso, ele agora assumiu um novo desafio: a responsabilidade de inserir o cavalo Crioulo nas arenas brasileiras. Este gosto pelo cavalo Crioulo iniciou em 2014, após um convite para conhecer a raça. “Conheci o cavalo em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Foi uma introdução ao cavalo Crioulo em alto estilo, em um lugar maravilhoso que é a cabanha de Chico Bastos. Me apaixonei pelo Cafumango do Barulho. Comprei uma cota e estou muito satisfeito. Tudo que eu esperava nele, encontrei”, diz. Desde a sua visita à propriedade gaúcha, seu encanto pelo cavalo Crioulo tem aumentado. No momento, sua propriedade conta com seis exemplares da raça. Quatro deles estão em sua fazenda em São Paulo e dois participando de disputas na modalidade laço em dupla. Orgulhoso, o esportista conta sobre o desempenho dos animais com entusiasmo. Segundo ele, os exemplares estão lá há seis meses e nesse período já foram colocados em situações de trabalho difícil, como pegar um touro bravo que estava abandonado no pasto. “Fazia três anos e meio que eu não conseguia pegar, mas montado no Crioulo consegui. Eu lacei o touro e segurei. Dessa vez não tive problema. Ele pesou em torno de uns mil quilos. O lugar da pega também era muito difícil, com muitos espinhos e de visão limitada. Mas os cavalos não se intimidaram de forma alguma. Foram corajosos", ressalta. A cada dia que passa falta um a menos para que o cavalo Crioulo entre nas pistas da PBR Brasil. Conforme previsto por Moraes, a grande estreia da raça como peça primorosa para a execução do rodeio ocorrerá em março de 2016. Durante a realização da prova, os Crioulos vão desempenhar um importante papel para o sucesso do evento. Considerados na modalidade como um “instrumento de segurança”, eles ficarão incumbidos de conduzir os salva-vidas até a pista. Isso porque quando ocorre um acidente com algum competidor, a pessoa montada a cavalo - também chamada laçador - é responsável por laçar o touro, contê-lo e mantê-lo afastado do atleta para que ele possa ser atendido pela equipe médica. Confiante no sucesso da raça dentro e fora das arenas da Professional Bull Riders, Adriano Moraes fala com segurança do futuro e da probabilidade de investir mais no cavalo. "Acredito que ele vai ficar por muito tempo na PBR. É uma raça muito boa, muito forte", conclui.
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