Despontando no cenário nacional com resultados positivos nas provas da raça Crioula, o Distrito Federal terá uma mostra da qualidade e trabalho dos seus criadores neste final de semana. De 3 a 5 de março, na Granja do Torto, em Brasília, ocorrerá uma credenciadora mista ao Freio de Ouro, principal competição de cavalos Crioulos do país. O final de semana de eventos também conta com uma exposição morfológica, Freio Jovem, competição para crianças e adolescentes, e Freio do Proprietário, quando os próprios donos dos animais entram em pista.
Conforme a presidente do Núcleo dos Criadores de Cavalos Crioulos do Distrito Federal, Rita de Cássia Souza, os criadores locais trabalham em um projeto no qual o objetivo é que cavalos nascidos, domados e treinados no Distrito Federal conquistem títulos nas modalidades promovidas pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). No ano passado, a égua Natividade Setembrina, do criador Sylvio Ribas, foi a terceira melhor colocada na grande final do Freio de Ouro. "Temos animais nossos do projeto dos domadores de Brasília que estão competindo no ciclo. É um projeto que começamos há três anos e agora estamos colhendo os frutos", observa.
No último ano, o cavalo Crioulo teve crescimento de 4,35% no país, segundo dados da ABCCC. No total, foram registrados 480,65 mil exemplares em todo o país, com alta verificada em todas as regiões brasileiras. No Centro-Oeste, região que vem sendo destaque na expansão da raça Crioula no país nos últimos anos, a evolução foi de 7,27%, especialmente puxado pelo número de usuários de animais para o lazer e também esportes equestres, além do trabalho a campo, com criadores de raças bovinas buscando os equinos como ferramenta na pecuária extensiva.
Rita de Cássia afirma que o destaque ainda fica por conta dos criadores que estão investindo no cavalo Crioulo para a participação nas competições promovidas pela associação. No entanto, com a chegada do Ranch Sorting, modalidade equestre que vem conquistando adeptos no país e que pode ser facilmente disputada por qualquer interessado em equinocultura, começou a crescer o número de usuários do cavalo na região, que não necessariamente são criadores, mas adquirem animais para esportes e lazer. "O fluxo de usuários nas competições que organizamos e participamos aumentou e estão entrando inclusive novas pessoas para o dia a dia do núcleo", ressalta. Foto: Felipe Ulbrich/ABCCC/Divulgação