Em três leilões realizados no Bocal de Ouro, que ocuparam o Tattersal do Cavalo Crioulo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), a média nos lotes de animais da raça Crioula comercializados no período do evento chegou a R$ 23,76 mil. Todos os leilões ficaram a cargo da Trajano Silva Remates na programação deste ano, sendo que no primeiro, Somente Elas, a média foi de R$ 23,9 mil, enquanto no leilão Don Marcelino e La Castellana foi de R$ 20,1 mil e o da Cabanha Malke fechou em R$ 27,3 mil.
Conforme o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, cada leilão teve sua particularidade. O primeiro, Somente Elas, teve liquidez total e mobilização das criadoras para repetir a dose em 2020. Quanto ao Don Marcelino e La Castellana, o destaque foi a uniformidade e regularidade da oferta com vendas internacionais para Uruguai e Argentina. E o remate da Malke com grande público e uma novidade que foi a venda de coberturas do garanhão Charque Almirante, que é um dos expoentes da raça na Argentina.
Em geral, de acordo com Silva, os três leilões do Bocal de Ouro registraram casa cheia. O leiloeiro ressalta especialmente a venda para outras regiões do país que estão virando referência na raça Crioula, mas também com novidades em vendas para Estados do Norte do país. "Nos chamou a atenção que, além de Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, este último com grande volume de vendas, tivemos registros de negócios para Estados como Rondônia, Roraima e Acre", observou.
Entre os destaques das vendas no Bocal de Ouro está a venda de 50% do embrião da égua História da Taimã, grande campeã da Expointer em 2015, por R$ 72,5 mil, ocorrida no leilão Somente Elas. Outro destaque foi a venda de duas cotas com direito de uso de sete coberturas anuais do garanhão Querendon do Recanto Crioulo, grande campeão e melhor exemplar da raça da Expointer 2018, por R$ 120 mil, sendo R$ 60 mil cada, no remate Don Marcelino e La Castellana. E no leilão da Cabanha Malke, o destaque foi a comercialização da égua AS Malke Rancagua, Freio de Prata em 2013, pelo valor de R$ 180 mil.
Foto: Leandro Vieira/ABCCC/Divulgação