Um dos quesitos de avaliação mais importante das competições animais, a morfologia é também uma ferramenta fundamental para auxiliar no lucro das criações de gado. Para aprofundar o tema, o superintendente técnico da Gadolando, veterinário José Luiz Rigon, ministrou a palestra “Manual para Classificação Morfológica” na manhã desta sexta-feira, 17 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A atividade, que teve também um momento prático com análise de uma vaca holandesa, fez parte da programação educacional da Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea) realizada dentro da 42° Expoleite e 15ª Fenasul.
O veterinário palestrou para criadores e alunos de escolas técnicas agrícolas. Rigon disse que é fundamental que os participantes do evento tenham uma visão macro do animal, pois esse conhecimento será importante quando se tornarem profissionais ou quando precisarem gerir uma propriedade. “Entender de forma clara a morfologia vira ganho financeiro. Saber analisar itens como úbere, patas e tamanho do animal, entre outros, vai impactar diretamente na reprodução e também na produção dos animais”, explicou.
A ação motivou os participantes da palestra. A técnica agrícola, Julia Calgaro, 21 anos, achou fundamental para sua formação a aula ministrada por Rigon. Estagiária de zootecnia, ela disse que a mistura de teoria e prática são mais proveitosas para o aprendizado. “O conhecimento que nos foi transmitido aqui, aliado a nossa vivência no cotidiano do campo vai trazer mais resultados. Além disso vou multiplicar o que vi e ouvi aqui hoje e assim auxiliar os produtores a terem melhores ganhos”, disse.
Rigon falou também sobre o Web + Leite, um aplicativo gratuito criado pela entidade que ajuda na administração da criação de gado. “O app é o coração da propriedade. Ele auxilia na gestão pecuária com uma verdadeira radiografia da propriedade. A tecnologia permite fazer diariamente, via on line, o gerenciamento do rebanho. Com um rico banco de dados que vai desde controle de nascimento e óbitos até a consulta da produção leiteira, isso qualifica o trabalho e consequentemente aumenta os lucros”, revelou.
Foto: Ton Silva/Agptea/Divulgação