A emoção entrou em pista no início da noite deste sábado, 28 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Pela primeira vez, o Inclusão de Ouro, modalidade promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) para portadores de necessidades especiais, teve sua final, um ano após a criação da prova.
Os nove ginetes, entre 18 e 69 anos, com as mais diversas necessidades, desenvolveram os movimentos de Andadura (tranco, trote e galope) e Escaramuça Livre (movimentos livres) durante a prova, dividida em Forças A e B. No final o título da Força A ficou com Ítano Figueiredo, montando Nicoli do Purunã, enquanto na força B a vitória foi de Josilene Martins, com Caduco Cala Bassa.
Figueiredo, que foi quem fez a apresentação na pista de Esteio há um ano, salientou que a maior conquista foi o reconhecimento da prova na comunidade crioulista e o apoio cada vez maior que os competidores vêm recebendo. “O que importa é ter incentivado as pessoas para estarmos aqui, ter estas pessoas incentivando e correndo foi o maior prêmio de todos. Este primeiro lugar é de todos”, disse.
Para Josilene, que também foi a criadora da prova e é a coordenadora da subcomissão da modalidade na ABCCC, o resultado final entre os ginetes foi o que menos importou neste dia. “A minha realização maior é que há um ano viemos sozinhos aqui com o Ítano em pista para conseguir uma apresentação e hoje voltamos com nove pessoas com uma modalidade, uma prova linda e uma arquibancada cheia e isso não tem o que pague”, comemorou.
O Inclusão de Ouro foi oficializado em outubro de 2018 e teve sua primeira prova realizada em novembro do mesmo ano. A grande final contou com o julgamento de Fernando Gonzales e José Francisco Moura. “O que eu presenciei aqui hoje é louvável. Estas pessoas, a superação delas, a gente se arrepia. Esta superação é indescritível”, destacou Moura.
Foto: Leandro Vieira/ABCCC/Divulgação