A Associação Gaúcha dos Professores Técnicos em Ensino Agrícola (Agptea) lançou um manifesto sobre as mudanças impostas pelo governo do Estado em relação ao plano de carreira dos professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul e aprovadas pela Assembléia Legislativa. Conforme o comunicado da entidade, as escolas técnicas, especialmente as agrícolas, foram atingidas duplamente. A associação lembra que as mesmas não fecham as portas e funcionam vinte e quatro horas, pois a grande maioria tem internato, setores produtivos e animais e, por isso, precisam ser assistidas durante o ano inteiro.
A Agptea reforça que os professores e funcionários que nelas trabalham estão conectados diretamente com o dia a dia das mesmas e, agora, recebem os seus contracheques com descontos, por não terem se calado diante de uma situação que se tornou insuportável e ido às ruas reivindicar os seus direitos. “E, mesmo com as aulas sendo recuperadas (ou já recuperadas), o governo do Estado efetua descontos dos dias parados”, diz a nota.
A entidade também classificou esta atitude do Executivo estadual como um golpe muito baixo e também lamentou profundamente que, em plena era pós-moderna, ainda existam governos que “jogam a educação no lixo e a consideram apenas como despesa”. A Agptea, em seu manifesto, defendeu que a tecnologia, o ensino de qualidade e o respeito às pessoas caminhem juntas. “As grandes empresas já entenderam isto, não querem alguém para apenas bater o martelo, mas sim que participe do processo de discussão. E parece que os nossos governantes não entendem desta forma”, salientou.
A nota reforçou ainda que o governo do Estado não muda o plano de carreira daqueles que muito ganham. “No entanto, mexe com os professores porque os consideram como os grandes culpados de todo o problema econômico pelo qual atravessa a esfera pública estadual. Temos certeza de que este será um preço muito alto que a sociedade gaúcha irá pagar”, ressaltou o comunicado.
Por fim, a Agptea reafirmou a sua luta para reconquistar direitos e ampliar horizontes, manifestando publicamente a sua contrariedade às mudanças no plano de carreira do Magistério e apelou para que todos os seus associados continuem unidos “para combater tudo o que ainda está por vir”, concluiu.
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