A carne de cordeiro foi a estrela da Vitrine da Carne Gaúcha desde a abertura do estande com cinco datas e receitas diferentes. O chef Bruno Ivanoff foi o responsável por transformar um corte de cordeiro em um saboroso cozido no primeiro dia. E o escolhido foi o stinco da CarneiroSul. Stinco, em italiano quer dizer canela, ou seja, stinco de cordeiro é a panturrilha do animal, retirado do pernil.
O chef conta que o stinco foi escolhido por ser um corte tradicional da culinária francesa e como forma de homenagear toda a cadeia produtiva e os produtores associados à Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco). A receita servida foi a de um cozido elaborado na escola de gastronomia do Senar e que é excelente escolha para os dias de inverno. Para o chef, a escolha também reflete as questões históricas e culturais abordadas na escola. “O cordeiro tem uma simbologia muito grande na parte cultural, que permeia as religiões islâmicas, judaicas e cristãs, ele, não por acaso é "o cordeiro de Deus", e a gente gosta de abordar e trazer uma parte cultural e histórica de cada prato”, explicou.
Com o cozido de cordeiro, segundo o chef Ivanoff, combina muito bem um mate e um bom vinho gaúcho. "Um bom tinto, um merlot, tannat, cabernet sauvignon, do jeito que as pessoas entendem e compreendem, estando satisfeitos e gostando com o prato, a harmonia fica muito a critério de cada um”, afirmOU o especialista. No estande, que sempre é uma atração na Expointer, um sommelier dá dicas de como harmonizar os pratos servidos.
O cozido de stinco tem uma preparação estimada de uma hora. Além do cordeiro, na panela de ferro do chef Bruno Ivanoff, havia cenoura, batata, ervilhas tortas e tomate. “Formando um caldo bem encorpado, saboroso, que combina e é um prato único, fracionado, caldoso, quente e fumegante…”, descreveu o chef. Sobre qual dica ele daria para replicar o prato em casa, o chef foi direto: “A melhor dica é gostar de cozinhar e como é um cozido, não corre o risco de secar, amargar o prato".
Conforme a gerente administrativa da Arco, Lorena Rimbau Garcia, o foco da entidade quanto à participação na Vitrine tem mudado. “De uns tempos para cá, a gente tem dado muito mais visibilidade à participação na Vitrine pela importância que ela tem no sentido de estimular o consumo da carne ovina. Nas primeiras edições a gente se preocupava mais com as questões técnicas da carne e suas características e hoje a gente vê a carne de outra forma, querendo que ela esteja presente na vida das famílias”, disse Lorena. Ela complementou que a carne ovina tem excelente qualidade, produzida com seriedade e responsabilidade e que pode estar presente na nossa vida nas mais saborosas receitas.
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