O plantio de mudas de noz-pecã e oliveira marcou o início dessas culturas no Centro de Qualificação Profissional nas Minas do Camaquã, em Caçapava do Sul, (RS). Elas serão o carro chefe deste empreendimento da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea). O ato ocorreu durante reuniões realizadas com a comunidade que vai apoiar a iniciativa junto ao Agptea Minas Hotel, sob a coordenação dos professores Paulo Benites, diretor do Centro de Qualificação, e Ivanoi da Fontoura Brito, gerente do hotel.
O presidente da Agptea, Fritz Roloff, ressalta que todos foram às reuniões com o intuito de contribuir no aperfeiçoamento da construção desta proposta. E já ficou definido que o primeiro curso acontecerá no início de setembro abordando a questão do plantio, mas principalmente da poda em oliveiras. A parte teórica será ministrada no Centro de Qualificação e a prática em um pomar da região. “Desta forma, mesmo que o nosso pomar ainda não esteja instalado, podemos dar início às ações”, informa.
Roloff ressalta que ainda há muito o que fazer, mas todos estão muito entusiasmados com o forte apoio que vem sendo recebido, seja por parte da noz-pecã assim como das oliveiras. “Já temos consolidado o apoio quanto às doações de mudas, assim como o apoio técnico para a instalação dos pomares”, coloca. A diretoria da Agptea também esteve representada nas reuniões pelo vice-presidente Celito Lorenzi, que é a referência técnica na implantação dos pomares.
Na primeira reunião, no dia 27, foram debatidas com a Divinut, empresa reconhecida como a maior processadora de noz-pecã do hemisfério sul, a importância da logística para a implantação de pomares da cultura no local. Já na segunda reunião, dia 28, a discussão foi mais direcionada para as oliveiras com a presença do presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes. Também participaram o vice-prefeito de Caçapava do Sul, Luiz Carlos Gugliemin, e secretários do município, além do professor Alex Giuliani, da Antonio Meneghetti Faculdade, instituição situada na localidade do recanto Maestro, em Restinga Sêca, e que será parceira do projeto.
O escritório da Emater de Caçapava do Sul também esteve representado nas reuniões. Segundo Roloff, a empresa será fundamental na condução dos trabalhos para que seja possível realmente fazer esta atividade de forma correta. “Destacamos fortemente que não podemos errar. Estamos além de uma fase de experimentação tão somente. Hoje já tem muita tecnologia aplicada que, justamente, as organizações que trabalham com essas culturas vão trazer”, reforça.
Fritz Roloff destaca, ainda, a presença do diretor adjunto da Secretaria de Agropecuária, Indústria e Comércio de Caçapava do Sul, professor Marcelo Cunha, que levou a proposta de ser implantado um laboratório e uma pequena agroindústria para a validação da questão do mel. O município já tem o registro que possibilita a criação de um centro que consiga conferir o selo de qualidade para toda a produção regional ou das escolas agrícolas. “Com isso, a venda poderá ser realizada em todo o Brasil. Temos a certeza que esta iniciativa também será um grande marco e irá alavancar a nossa estrutura em Minas do Camaquã”, finaliza o presidente da Agptea.
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