Após a realização de painel na última semana sobre o tema da retirada da marca à fogo para animais vacinados para Brucelose, o Instituto Desenvolve Pecuária instituiu uma comissão na entidade para trabalhar esta questão junto às autoridades. Reunindo produtores e especialistas da área, o objetivo é apresentar uma proposta alternativa a esta prática.
Conforme o membro da Comissão, Juliano Severo, já existem formas de comprovar a vacinação sem ser por meio de marca à fogo no animal. “Nossa ideia, com as práticas necessárias para vacinação, já podem ser comprovadas, por exemplo, mediante a apresentação de uma nota fiscal de compra, um atestado de um médico veterinário responsável ou utilização de tatuagem. Não vemos necessidade desta marcação”, salienta.
Severo informa que o Desenvolve Pecuária já está entrando em contato com especialistas dos órgãos responsáveis e profissionais especializados em bem estar animal e em cuidados sanitários para desenhar uma proposta para levar às autoridades. “O Brasil, além de ser um ícone mundial na exportação de carne, pode ser um exemplo de bem estar animal. Temos tantas práticas e exemplos que os brasileiros já dão de cuidado da produção. Com a retirada desta marcação, será um passo importante para mostrar ao mercado consumidor que estamos preocupados com estes fatores também”, ressalta.
Apresentado pelo professor Mateus Paranhos da Costa durante o evento virtual do Desenvolve Pecuária, já existe um projeto implementado na prática em 2016 em uma fazenda de cria, com cerca de 2 mil vacas. No ano passado, ocorreu o lançamento da campanha de uma nova marca para a pecuária brasileira focando na redução da marca à fogo. No início de 2021, de acordo com Costa, iniciaram-se as atividades de campo em quatro fazendas localizadas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Foto: Bruno Bangel/Divulgação
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