Representantes das escolas agrícolas gaúchas estiveram em audiência com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo (PP), para tratar a respeito do ensino no campo. Entre as demandas, uma das questões é o desconto no contracheque dos professores do Estado do Rio Grande do Sul no que diz respeito ao difícil acesso e também ao desconto relativo à insalubridade.
Conforme o presidente da Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), Fritz Roloff, a educação profissional conta com atividades altamente insalubres e estas foram canceladas devido às mudanças nas gratificações. "Os professores perderam este valor, pois as escolas não têm condições de oferecer EPIs adequados e o professor não consegue com seu recurso adquirir os equipamentos necessários. São atividades relativas à agricultura e à zootecnia, pois as escolas não têm funcionários nos setores", observa.
Roloff lembra que os técnicos agrícolas atuam em, no máximo, quatro por escola, mas em algumas não contam mais com estes profissionais nos quadros, pois foram transferidos e não foram abertas novas vagas, o que dificulta um trabalho de qualidade nas unidades educativas de produção. "O difícil acesso é fundamental para estas escolas não pelas condições de distância, mas porque os professores se deslocam inclusive em horários fora do expediente, onde são responsáveis pelos animais e pela produção, que precisam ser acompanhadas diariamente. Tudo necessita ser feito em esquema de revezamento onde o professor precisa estar presente à noite, finais de semana e feriados, inclusive nas férias", destaca.
O presidente da Agptea relata ainda que, além disso, a maioria das escolas tem internatos que precisam ser atendidos 24 horas por dia. O objetivo foi pedir ao presidente da Assembleia Legislativa para que interceda junto ao executivo a fim de que algo seja restabelecido de forma a auxiliar os professores.
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