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Exportação de genética e cadeia da carne são desafios da ovinocultura para 2024


Ultrapassando um rebanho de 20 milhões de cabeças de ovinos em todo o Brasil, o ano de 2023 foi de desafios para o crescimento da ovinocultura do país. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler. Para o dirigente, esta marca é histórica e reflete uma tendência da consolidação da atividade como uma fonte de renda importante na cadeia agropecuária brasileira.


Em números, o dirigente cita a expansão no Nordeste, com 12 milhões de cabeças, destacando-se o Estado da Bahia na liderança, com 4,5 milhões de ovinos, seguido de Pernambuco. “Sergipe tem uma população muito forte e o Ceará também com uma pujança. Hoje o Nordeste ultrapassa as 12 milhões de cabeças. O Centro Oeste vem crescendo nos rebanhos comerciais e os Estados do Sul com movimentos muito sólidos. Foi um ano muito positivo em termos de análise da ovinocultura brasileira como um todo”, salienta.


Em termos de genética, Gressler acrescenta que uma das grandes conquistas ainda neste final de ano é a abertura do Paraguai para adquirir genética ovina brasileira. “Temos um protocolo do Paraguai para adquirir genética de sêmem e embrião. É uma grande vitória que há muito tempo o setor vinha reivindicando e era uma atividade que tínhamos que ter para remunerar os nossos produtores que fazem genética”, comemora, informando ainda que estão em discussão protocolos de exportação de genética para outros países da América do Sul.



Outro assunto de destaque no ano foi a carne, onde, de acordo com o presidente da Arco, se realizaram diversas discussões e a entidade foi protagonista de avaliações da organização da cadeia da carne. "Realizamos em Bagé o primeiro Dia da Carne, que foi extremamente profícuo, com coisas extremamente boas e a intenção era de mostrar desde a produção até o prato. Isso vai nos trazer outras demandas para 2024. Tenho certeza que o ano que vem vai se consolidar com programas nessa cadeia da carne, envolvendo todo o segmento. Estamos com uma expectativa muito grande de denominar o ano de 2024 como o ano da carne ovina", reforça Gressler.


O dirigente também salienta o crescimento do programa de Certificação da Lã Gaúcha, com números expressivos de quantidade, de adesão e ganhos importantes, além da organização e registros genealógicos em alta. Feiras como a Fenovinos e a Expointer também obtiveram elevação no número de participantes. “Foi um ano bom, com muitas atividades para os produtores e que se consolidou com as exposições”, frisa o presidente da Arco. Para concluir, Gressler também saudou os bons resultados e o sucesso nos leilões de ovinos realizados no ano nas mais diversas raças.

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