Os primeiros leilões realizados por associados da Conexão Delta G no início da temporada de primavera indicam um cenário positivo para o período. Em um momento de baixa do ciclo da pecuária, devido ao excesso de oferta, a aposta na superioridade do trabalho de melhoramento genético na seleção de animais torna-se imprescindível.
Para Eduardo Eichenberg, ex-presidente e diretor da Conexão Delta G, as expectativas são positivas para a comercialização de genética nesta primavera, apesar das dificuldades enfrentadas devido ao excesso de oferta decorrente da produção robusta dos anos anteriores. "Estávamos com um patamar de preço mais alto em todas as categorias. Isso levou a uma retenção de fêmeas que, por sua vez, acarretou o aumento na produção de terneiros, gerando uma queda nas cotações desses animais de reposição", observa. Posteriormente, esse movimento refletiu na queda de preços de animais de reposição de outras categorias, como bois, novilhas e vacas magras, respingando, em última instância, no mercado de gado gordo. "Assim como há alguns anos tivemos um aumento de demanda, impulsionado, principalmente, pelo crescimento nas exportações de proteína para a China, concomitante a um ciclo de baixa oferta no Brasil, agora estamos enfrentando uma situação contrária: o consumo interno mais reprimido e as exportações não tão fortes como antes", destaca.
Porém, prossegue Eichenberg, como em todo o ciclo, à medida que a produção de terneiros começa a diminuir, haverá melhora nas cotações, atingindo inicialmente essa categoria até alcançar o gado gordo. “Muitos pecuaristas já estão antecipando essa virada no ciclo e apostando na elevação das condições de mercado. Esse movimento é evidenciado pela boa liquidez e pelos preços sólidos dos leilões recentes, mesmo em um ambiente de demanda reprimida", ressalta.
O dirigente também destaca que a Conexão Delta G, especializada em animais superiores e diferenciados, tem sido capaz de manter preços competitivos apesar do atual contexto desafiador do mercado. Os animais com genética superior e tecnologia de seleção avançada continuam com boa procura, obtendo cotações mais altas. "No Remate Conexão Pampa Inverno, que realizamos no dia 21 de agosto, esperávamos liquidez, porém preços bem abaixo dos praticados, o que nos surpreendeu positivamente. A valorização dos exemplares é fruto da demanda desses pecuaristas por animais realmente distintos, não só fenotipicamente bonitos, mas dotados de uma genética superior, de uma tecnologia de seleção que traz diferença no campo e no bolso do produtor”.
Além do remate Conexão Pampa Inverno, com a participação da Estância Silêncio e Fazenda São Manoel, também já ocorreu o remate da Agropecuária Capiati. Entre os associados, os leilões que acontecem neste mês são o Aliança Braford, no dia 16 de setembro, com a participação da Estância São Bento, o leilão GAP Genética, dias 18 e 21 de setembro, o Selo Racial, com a Cia.Azul, nos dias 21, 22 e 28 de setembro, e o grupo Pitangueira no dia 30 de setembro. Já em outubro, no dia 5, é a vez da Estância Guatambu e a Agropecuária Caty realizarem seu leilão, enquanto que no dia 12 a Curupira estará presente no remate Genética em Dose Dupla. No dia 13, a Silêncio e a São Manoel participam do remate das raças Hereford e Braford da Expofeira de Alegrete e realizam juntas a edição de Primavera do Remate Conexão Pampa no dia 20 de outubro, mesmo dia do remate da Wolf Agricultura e Pecuária.
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