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Vitrine da carne gaúcha apresenta a versatilidade do cordeiro na Expointer


Dá para grelhar carne de ovelha? E ela pode ser degustada malpassada ou “ao ponto”? É possível inserir carne ovina no cardápio do dia a dia? Depois da oficina sobre Ovinos no projeto Vitrine da Carne Gaúcha, realizada na manhã deste domingo, 28 de agosto, durante a programação da 45ª Expointer, ficou fácil responder “sim” para todas. No prato preparado pelo chef Gustavo Bonfiglio, uma picanha de cordeiro foi grelhada e acompanhada por cogumelos salteados e batata doce assada, provando a versatilidade da carne cuja produção se aprimora para atender o mercado.


Durante a oficina, a gerente Administrativa da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Lorena Garcia, explicou que o sabor do cordeiro ainda está cercado de preconceitos devido ao produto que chegava aos consumidores há alguns anos, quando a criação brasileira, especialmente gaúcha, era majoritariamente voltada para a produção de lã. Com isso, animais mais velhos eram abatidos, sem a finalização correta para corte. Há alguns anos ocorreu uma reconversão dos rebanhos, fazendo com que hoje as raças predominantes sejam justamente aquelas voltadas para a produção de carne, com animais finalizados e abatidos com mais precocidade. O resultado é uma carne de qualidade superior, beneficiada pela indústria de modo que possa ser cada vez mais incorporada ao cardápio diário das famílias, com cortes nobres em frações menores. É o caso da pequena picanha que serviu de protagonista para a receita da oficina.


Depois de temperada apenas com pimenta do reino e sal, para que nenhum outro sabor predominasse, a picanha foi grelhada durante cerca de 10 minutos, para preservar seus sucos. Foi servida com cogumelos salteados na manteiga e rodelas de batata doce assadas no forno. Em um desafio lançado pela Arco, uma pessoa que nunca havia provado carne ovina e outra que afirmava não gostar da iguaria foram convidadas a provar o prato. As duas quiseram repetir. “Isso prova que a carne ovina tem muito potencial”, afirmou Lorena.


O corte utilizado para a oficina provém de um cruzamento entre Corriedale e Texel, duas das principais raças que integram os rebanhos gaúchos. O cruzamento dá origem a uma carne macia, com proporção correta de gordura e um sabor suave e agradável. Tudo o que o consumidor procura na prateleira do supermercado.


A Vitrine da Carne Gaúcha é um projeto da Farsul em parceria com o programa Juntos Para Competir, com apoio do Sebrae e do Senar, além da participação das associações de criadores das raças bovinas, ovinas e suínas e búfalos. A programação da Arco na Expointer tem o apoio de Sicredi Fronteira Sul e o patrocínio de Senar/RS e Supra.

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