Gadolando cobra medidas mais amplas para garantir sobrevivência dos produtores de leite
- Artur Chagas

- há 2 horas
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ações para ajudar os produtores de leite que têm sido impactados pela queda dos preços do produto no mercado. O encontro em Porto Alegre (RS), que reuniu autoridades dos governos federal, estadual, deputados e presidentes de associações e cooperativas ocorreu na sede da Superintendência da Conab da capital gaúcha.
O presidente da autarquia, Edegar Pretto, anunciou um aporte de R$ 106 milhões que serão destinados a sete estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Sergipe e Alagoas) visando a compra de leite em pó. No total serão adquiridas 2,5 milhões de toneladas de leite, sendo 1,1 milhão do Rio Grande do Sul, onde o material ficará armazenado na unidade da Conab, em Canoas.
Para os gaúchos, serão R$ 41,87 milhões, ou 44% do volume total da compra de leite em pó. O alvo da Conab é distribuir esse leite nas cestas básicas, cozinhas solidárias e grupos de indígenas e quilombolas, entre outros. O governo vai pagar R$ 41,89 por quilo de leite em pó.
O presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, reconheceu o esforço da Conab em auxiliar a cadeia leiteira, mas ponderou que a medida, de forma isolada, é insuficiente. “Precisamos que essa ação seja somada a outras. Que os estados produtores de leite se somem a essa ação no sentido de comprarem o produto também”, ponderou.
Tang destacou como exemplo de uma ação paralela a da Conab, a questão da tarifa antidumping para derivados lácteos dos países do Mercosul. “Alguma regulamentação sobre a importação precisa ser feita já”, pediu. Ainda avaliando a iniciativa da Conab, o dirigente reconheceu que com um número maior de retirada desse leite do mercado, talvez o preço melhore um pouco. “O que nós estamos reivindicando é que o produtor possa pelo menos cobrir o prejuízo”, ressaltou.
Tang chamou a atenção também para o momento que precisa da colaboração de todos, incluindo também indústria e varejo. “Talvez também no produto lácteo seja hora de ter lucro mais baixo ou mesmo zero para poder sobrar um pouco ao produtor para ele ficar vivo”, sugeriu.





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