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IBPecan apresenta case de sucesso de pecanicultor em evento da Emater/RS


O presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura, IBPecan, Eduardo Basso, participou de painel realizado pela Emater/RS, na manhã desta quarta-feira, 30 de agosto, durante a 46ª Expointer. O tema abordado foi a Fruticultura e Pecanicultura, onde foram apresentados números relativos à produtividade no Estado, além de um case de sucesso de Arlindo Maróstica, pecanicultor de Nova Pádua.


Maróstica possui uma área de 3,5 hectares no município destinada ao cultivo de noz pecan. “O sol é muito importante para a pecanicultura, quanto mais luz solar, melhor. Além disso, é necessário suportar o processo de fotossíntese”, explicou o produtor. A sua propriedade, em 2023, obteve uma produção de 2 mil 788 quilos por hectare, ao preço de venda de R$ 16,25 o quilo com custo de R$ 20 mil e receita de R$ 45 mil, o que representa lucro líquido de R$ 25 mil por hectare. Este percentual acima dos 50% é bem acima da média obtida pelos pecanicultores, conforme o presidente da IBPecan, Eduardo Basso, e, por isso, a apresentação deste case no evento da Emater.


Eduardo Basso salientou que “a projeção para a safra no Brasil, em 2023, é de 7 mil e 50 toneladas, das quais 4 mil 750 serão consumidas no mercado interno”. Basso demonstra alguma preocupação com o excedente. “Nós estimamos que esse ano vamos chegar a 300 toneladas para exportação com casca e, se conseguirmos repetir a exportação descascada do ano passado, vamos chegar a 500, talvez 600 toneladas. Isso significa que poderemos ter um estoque de passagem de 1,5 milhão de quilos que vai ficar estocado, ou na casa dos produtores, ou na indústria interna”, projetou.


Em relação ao consumo de noz pecan, segundo Basso, existe um grande potencial no mercado interno, pois são consumidas 11 gramas per capita por ano no Brasil. “No entanto, para termos uma ideia, nos Estados Unidos são 241 gramas por habitante. Este excedente de produção que teremos, precisa ir para o mercado internacional”, ressaltou Basso.


No painel, também foram apresentados dados relativos à fruticultura e olericultura no Rio Grande do Sul. O diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, destacou que “são duas frentes de produção agrícola extremamente importantes e, somadas às duas áreas em cultivo, são cerca de 205 mil hectares cultivados no Rio Grande do Sul nesses dois sistemas, com as principais culturas que foram levantadas. Isso gerou em torno de R$ 13 bilhões para a economia do Rio Grande do Sul”.


Além disso, Baldissera salientou que a expansão da Nogueira Pecan no Rio Grande do Sul vem caminhando a passos largos e apresentando bons resultados e números. “A área cultivada aumentou na Nogueira Pecan, passando de 5 mil 719 hectares cultivados em 2020 para 6 mil 386 hectares cultivados em 2023. Partindo de 2020, a produção aumentou de 2 mil 225 toneladas para 4 mil 774 toneladas em 2023. Isso significa 114% a mais de produção de um período a outro, em uma fração de três anos”, pontuou.

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