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Podas e manejo de pomares marcam início do segundo dia do ENAPecan

  • Foto do escritor: Rejane Costa
    Rejane Costa
  • há 3 horas
  • 3 min de leitura

Painéis abordaram alternativas para pomares sombreados, com destaque para técnicas de poda hedge nos EUA, estudos comparativos da Embrapa e experiências práticas de produtores brasileiros (Foto: Artur Chagas/AgroEffective)
Painéis abordaram alternativas para pomares sombreados, com destaque para técnicas de poda hedge nos EUA, estudos comparativos da Embrapa e experiências práticas de produtores brasileiros (Foto: Artur Chagas/AgroEffective)

O segundo dia de programação do II Encontro Nacional da Pecanicultura (ENAPecan) começou nesta sexta-feira, 7 de novembro, com o Painel “Alternativas para `Pomares Sombreados - Podas de Formação, Abertura e Desbaste”, com moderação do pecanicultor Daniel Basso. A primeira palestra foi “Tecnologia da Poda Hedge nos Pomares dos Estados Unidos”, com a participação, por vídeo, do professor Lenny Wells da University Georgia - Estados Unidos. Ele explicou as técnicas de poda de pomares usadas nos Estado Unidos e os consequentes resultados, inclusive na prevenção de pragas e aumento da rentabilidade do pomar.


A segunda palestra foi “Alternativas de Manejo de Pomares Sombreados: Poda e Desbaste”, com o Engenheiro Agrônomo Dr. Cristiano Geremias Hellwig, da CNPq-Embrapa. Ele fez um comparativo entre os diferentes tipos de podas de pomares como poda hedge, poda central e desbaste, quando no início se constatou dificuldades de produção de nozes-pecã devido ao excesso de sombreamento nos pomares. “Então, o objetivo da pesquisa da Embrapa e Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) foi avaliar tanto esses métodos de poda, como também o desbaste de plantas comparando com produção, qualidade dos frutos e a relação custo-benefício de cada um dos processos”, explicou.


O estudo foi feito em um pomar de Santa Rosa (RS), em 2008, em um espaçamento 7x7, que significa que cada árvores foi plantada a 7 metros de distância da próxima árvore na mesma linha e a 7 metros de distância da linha de plantio adjacente, e sem sistema de irrigação, que é ainda uma realidade de muitos pomares. Segundo Hellwig, a escolha do melhor manejo depende da individualidade de cada pomar, adubação nitrogenada equilibrada e consulta de engenheiro agrônomo para avaliação do melhor manejo.


Na sequência, ocorreu a palestra “Manejo Mecanizado da Copa das Nogueiras-Pecã: Case Paralelo 30”, com o Engenheiro Agrônomo Emerson De Franceschi, da Acreditar Consultoria. Ele falou sobre as vantagens e desvantagens deste tipo de poda. Em relação às vantagens, citou a rapidez, o aumento do acesso da planta a uma luz mais adequada, melhoria na cobertura e melhor eficácia no recurso hídrico Sobre as desvantagens fez referência aos cuidados na questão do nitrogênio para não fazer um grande alongamento dos ramos. Franceschi também citou que existem dois tipos de poda mecânica, a oportuna e a tardia.


Por fim, a palestra “Realidade da Poda no Manejo do Pomar de Pequeno Produtor: Case Quinta da Sete”, com o pecanicultor e sócio do IBPecan Lailor Garcia, que mostrou o exemplo da sua propriedade, localizada em Cachoeira do Sul, com o objetivo de servir como referência. Lembrou que o sonho de plantar pecan surgiu em 2007/2008, “sem muito conhecimento, mas com vontade de aprender e a certeza de trabalhar para dar certo”. Também fez um histórico da implantação dos quatro pomares que têm idades diferentes. O primeiro foi implantado em 2009, o segundo em 2011, e já o terceiro e quarto pomares foram estabelecidos em 2015, conforme Lailor, com um conhecimento melhor no cultivo da pecan.


O produtor comentou, ainda, que a produtividade média atual da Quinta da Sete é de 1,737 mil quilos por hectare. Ao concluir sua palestra, Lailor salientou que ainda que a realidade da poda para um pequeno produtor seja desafiadora, “é um ponto extremamente importante que não deve ser ignorado”. “Dificuldades todos nós temos, mas não podemos buscar desculpas para não encontrar soluções e seguir em frente”, finalizou.


O II ENAPecan é uma realização do IBPecan em conjunto com a Prefeitura de Cachoeira do Sul, Emater e Embrapa. Possui o apoio de Pecanita, LM Parceria Rural, Pró-Pecã, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Ulbra e Sebrae.



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