O venezuelano Edgar Alonso Torres Toro, doutor em Genética e Melhoramento de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (SP), é o novo diretor de Pesquisa da RiceTec Mercosul, multinacional especializada no desenvolvimento e comercialização de sementes de arroz. O especialista tem mais de 16 anos de trajetória profissional em melhoramento genético do grão.
Anteriormente, Torres Toro atuava no Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), instituição dedicada à pesquisa em melhoramento genético de arroz na América Latina. “O melhoramento do arroz tem contribuído para o bem-estar da humanidade. O primeiro deles é o desenvolvimento das cultivares modernas mediante o uso do gene de nanismo (sd1), estes cultivares de tipo de planta moderna conseguiram dobrar o potencial produtivo do arroz e salvar o mundo da fome lá nas décadas de 60-70”, afirma o especialista.
Com larga trajetória profissional em melhoramento genético de arroz e Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidad Nacional de Colômbia (USA), Tores Toro assumirá todas as áreas de Pesquisa da RiceTec no Mercosul, sendo elas: Melhoramento de Linhagens, Melhoramento Comercial, Estação de Pesquisa Normandia (RR) e Estação de Pesquisa Santa Maria (RS), na qual estará sediado.
O novo diretor, que também exercia a coordenação técnica para o Hybrid Rice Consortium for Latin America (HIAAL), será responsável pela cooperação com o programa de Pesquisa da RiceTec Sementes no Mercosul. “E a RiceTec é pioneira e líder no mercado nas Américas no uso de cultivares híbridos F1 no arroz. Acredito que é possível contribuir para aprimorar ainda mais os produtos da empresa para ajudar aos produtores a enfrentar desafios como: a necessidade de maior produtividade com excelente qualidade, resistência a doenças, maior eficiência no uso da água e dos insumos e sementes de altíssima qualidade”, explica.
Estação Experimental de Santa Maria
A RiceTec, que no Brasil tem sede em Porto Alegre (RS), projeta investir nos próximos cinco anos US$ 130 milhões, principalmente na Índia e na América do Sul. Parte dessa estratégia de expansão já começou com a estação experimental, em construção em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, onde serão aplicados US$ 8 milhões. Os primeiros ensaios devem começar a ser feitos ainda em 2015.