Segundo dia de julgamento de ovinos na Expointer reforça a qualidade genética dos animais
- Redação AgroEffective
- há 2 dias
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Em um belo dia sol, foi grande a movimentação desta segunda-feira, 1º de setembro, no segundo dia de julgamentos de ovinos na 48ª Expointer, em Esteio (RS). Na programação, que iniciou às 9h, foram avaliadas as raças Corriedale, Merino Australiano, Crioula, Ile de France (fêmeas), Suffolk e Texel. Mais uma vez, as competições atraíram criadores, técnicos e público em geral, revelando a qualidade genética dos ovinos e a importância do setor para a pecuária gaúcha.
O clima de otimismo era geral e enfatizado pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler. “Estamos com aproximadamente 200 animais em análise nas quatro pistas. Vamos mostrar para o mundo o que temos de melhor. Não deixamos a desejar para qualquer outro país, ou seja, podemos exportar nossos ovinos”, revela o dirigente.
Além do Rio Grande do Sul, participam das seletivas criadores de outros três estados brasileiros, incluindo São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Gressler ressalta o grande percentual de lã com alto valor para a indústria têxtil. “Este é um produto que depende do mercado internacional e de rumos econômicos. Externamente e internamente, está bem aquecido. Existe demanda para a moda em geral e também cobertores”, complementa.
Proprietário da Cabanha Santa Camila, de Alegrete (RS), Manuel Francisco Rodrigues, exibia com orgulho dois de seus animais consagrados no dia. Uma fêmea e um macho da raça Merino Australiano. O criador informa que cada ovelha de campo gera em torno de 5 quilos de lã ao ano e vivem de 7 a 10 anos. “A produção já tem destino, as malharias gaúchas. Deixei de exportar para o Uruguai. É uma espécie de teste”, diz. Com muita experiência na atividade, ele adianta que a receita do sucesso está na criação de pequenos rebanhos, com investimento em uma boa genética e o bem-estar.
Alexandre Munhoz, da Cabanha Dom Mário e Hotel Picado, de Santa Margarida do Sul (RS), informa que a raça Corriedale produz de 15 a 16 quilos de lã (fêmea) e de 22 a 25 quilos (macho). O criador pretende comercializar a lã para as cooperativas de toda a região sul. “O preço varia de raça para raça. A variedade naturalmente colorido, preto e marrom, são bem valorizadas”, finaliza.
Até chegar na participação de julgamento na Expointer, o processo na busca pelos melhores exemplares de cada raça é longo e bastante criterioso. Tudo começa na admissão dos animais. A primeira etapa é obrigatoriamente conduzida por inspetores da associação, que acompanham os criadores no desenvolvimento do exemplar.
Na entrada do parque é verificado se o ovino está dentro das características da raça, tornando ele apto para participar da exposição. Depois o animal segue para o julgamento de classificação, feito por um jurado efetivo, incluindo profissionais formados em agronomia, zootecnia ou veterinária. Todos passam por um treinamento na Arco.
O julgamento sempre avalia primeiro as fêmeas em ordem crescente de idade, que disputam os campeonatos dentro de suas categorias etárias. São levados em consideração a conformação que respeite as características raciais e a andadura, por exemplo, o que indica boa qualidade genética.
O julgamento dos ovinos na Expointer 2025 segue até a próxima quarta-feira, 3 de setembro, em quatro pistas simultâneas. Os resultados completos por raça, com seus campeões, podem ser conferidos no site da Arco em www.arcoovinos.com.br.
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