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Futuro do setor agrícola exige formação em gestão


Em formato virtual, o 35º Encontro Estadual de Professores e 8º Congresso Nacional de Ensino Agrícola colocou em pauta o tema “O Agronegócio e a Agricultura Familiar: desafios e perspectivas” na noite desta terça-feira, 24 de novembro. O evento é promovido pela Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea) em parceria com o Programa de Inovação Pedagógica (Proipe), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).


O diretor da empresa Camil, em Itaqui (RS), Carlos Scariot, destacou a complexidade da produção agrícola. No evento, ele apontou que uma das principais demandas do setor está relacionada à gestão de pessoas, recursos e investimentos, por exemplo. “Nós sabemos que tem muitos investimentos e negócios que já estão na esfera empresarial, com altos executivos, com estrutura. Mas nós temos ainda no Brasil e no mundo, basicamente, a agricultura familiar”, reforçou.


Scariot destacou que a agricultura demanda recursos financeiros e é preciso dimensionar esses investimentos baseados na cultura, tendências de variedades e das características das culturas que serão semeadas. Segundo ele, para entender de desempenhos e de equipamentos para o plantio é necessária uma abordagem técnica. “Muitas vezes o agricultor toma as decisões baseadas no seu aprendizado, passado de pai para filho. E quanto mais tivermos profissionais que consigam atender todo essa gama de demandas teremos um resultado importante”, afirmou.


Também palestrante do tema, o coordenador do curso de agropecuária do Instituto Federal Farroupilha, Campus São Vicente, Paulo Roberto Deon, acrescentou outra perspectiva para o tema da agricultura familiar. Tendo como referência a região central do Rio Grande do Sul, ele afirmou que esta se caracteriza pela diversidade cultural, com pessoas de várias origens e estrutura de renda distintas e contrastes de realidades muito presentes.


De acordo com Deon, nessa geografia do Estado há mais de 39 mil propriedades rurais, sendo que, destas, 81% são familiares. Conforme os dados apresentados, 85% têm menos de 100 hectares e 73% têm menos de 50 hectares. Nas lavouras temporárias, 80% são de três culturas predominantes: soja, arroz e fumo. “Este é um público diferenciado que demanda um olhar único. Nos baseamos no tripé: ensino, pesquisa e extensão”, explicou. Para o coordenador, o empreendedorismo é um desafio que necessita ser superado e avançado.

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