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Senadores apresentam pautas do agro na casa durante a Semana Arrozeira de Alegrete


Os senadores Luiz Carlos Heinze e Hamilton Mourão foram as atrações da última noite de painéis da 14ª Semana Arrozeira de Alegrete, nesta sexta-feira, 2 de junho, no Parque de Exposições Dr. Lauro Dornelles. Um grande público acompanhou o debate que foi mediado pelo ex-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Henrique Dornelles.


Heinze lembrou que o Rio Grande do Sul passou por três anos de estiagem nas últimas safras, que este problema é sério e que afetou diversas culturas, incluindo o arroz. Informou que os três senadores gaúchos, incluindo também Paulo Paim, fizeram um documento sobre a discussão das dívidas. “Fizemos reuniões com três ministérios e já saiu alguma coisa para a agricultura familiar. Mas ainda falta para os médios e grandes produtores”, destacou.


Dentro disso, o senador também lembrou da irrigação e disse já ter projetos para regiões do Rio Grande do Sul como foi feito na região do Araguaia, em Goiás, com o objetivo de proteção das nascentes nas propriedades rurais, e o ponto de partida será a região das Missões. Além disso, citou também a segurança no campo como uma preocupação devido às invasões de terras no país. “A expropriação acontece, são situações que existem e como vamos enfrentar. É importante que as entidades de classe estejam unidas para fazer o enfrentamento”, observou.


Já Mourão destacou que o agronegócio brasileiro, em particular do Rio Grande do Sul, é vitorioso. Frisou que, ao contrário de Heinze, que tem laços com o rural, tem uma visão mais macro, trabalhando em temas que interferem nos grandes problemas que causam perdas de produtividade e que atrapalham a vida de quem produz no campo, entre eles a questão do marco temporal e do ressurgimento das invasões de terra que preocupa quem trabalha no campo.


Outro ponto levantado pelo senador foi a reforma tributária, que precisa ser feita e não afetar o agronegócio. “É óbvio que precisamos reorganizar o sistema tributário, mas não podemos permitir que o agro sofra com o aumento de impostos como está sendo vislumbrado, enquanto a agricultura em outros países tem incentivo e subsídio”, reforçou.


Sobre o Plano Safra 2023/2024, os senadores demonstraram preocupação em relação à demora de definição sobre a proposta do governo federal sobre o tema. “Para quem planta trigo, por exemplo, estamos em junho e ainda não saiu o recurso para as culturas de inverno”, ponderou Heinze, acrescentando que as entidades do setor precisam ir a Brasília e negociar, o que também foi referendado por Mourão. “Em relação às entidades, precisa abrir o diálogo. É a questão da política, precisa ir falar com o governo. Se não for lá, a roda não vai girar”, comentou.


Em relação ao Marco Temporal, recentemente votado na Câmara dos Deputados e que diz respeito às demarcações de terras indígenas, Heinze explicou que atualmente existem 60 mil hectares no Rio Grande do Sul em processos para demarcações, sendo 32 processos indígenas e 70 processos quilombolas. “Em Vicente Dutra expropriaram 711 hectares. As famílias que estão na quarta geração estão sem saber o que fazer e ninguém foi chamado para discutir. O marco temporal votado começa a desmanchar esses processos”, afirmou. Sobre o tema, Mourão reforçou que a pauta já está em regime de urgência no Senado. “Temos um milhão de quilômetros quadrados de terras indígenas no Brasil. São três Alemanhas de terras indígenas para 700 mil pessoas”, complementou.


Foto: Flávio Burin/Divulgação

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