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Secretaria do Meio Ambiente reforça metas de sustentabilidade na agricultura


O meio ambiente e os gargalos que os produtores enfrentam na produção foram pauta no segundo dia de palestras da 14ª Semana Arrozeira de Alegrete, evento realizado pela Associação dos Arrozeiros do Município. O público presente no auditório no Parque Dr. Lauro Dornelles pode acompanhar as palestras da secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann, e do secretário adjunto da pasta, Marcelo Camardelli, que falaram sobre “Políticas Ambientais Voltadas para o Desenvolvimento do Agro”.


Abrindo a palestra, Marjorie lembrou que dentro da secretaria do meio ambiente existem várias pautas conflitantes entre a agricultura e o meio ambiente e que a ideia é trabalhar esta desmistificação e mostrar ao Brasil e ao mundo os modelos sustentáveis do Estado. “Queremos trabalhar o desenvolvimento econômico e inovador. Temos que ter a sustentabilidade econômica, ambiental e social”, destacou.


A secretária apresentou os pontos de partida da secretaria nesta gestão: saneamento, comunicação das práticas, inovação ambiental e mudanças e adaptações climáticas. “O Estado do Rio Grande do Sul trilha muitos anos os compromissos de caminhos climáticos. Desde 2010 tem uma campanha que trilha essas mudanças. E, desde 2013, o Plano ABC do Rio Grande do Sul para melhorar a qualidade do solo e a produtividade das lavouras”, informou.


Marjorie reforçou que os relatórios de emissões de gases de efeito estufa mostram que no Brasil inteiro a maior emissão se dá por alterações do uso do solo. “E aqui no Estado não é diferente. E precisávamos atacar isso para que o produtor não pudesse ser vilão”, frisou. Este estudo mostrou que 46% das emissões vinham da produção agropecuária, mas baseada em técnicas do Hemisfério Norte, que não são utilizadas no Estado. “Estamos trabalhando com entidades de pesquisa para fazer a correção dos índices e ter números mais precisos”, complementou.


Sobre metas, a secretária explicou que a ideia é ampliar áreas de plantio direto para 600 mil hectares, com uso de bioinsumos em 1 milhão de hectares e recuperação de 1,4 milhão de hectares de áreas, 1 milhão de hectares para Integração Lavoura-Pecuária e 216 mil hectares de áreas irrigadas. “Mas essas metas são o mínimo que se pretende alcançar”, observou.


Já o secretário adjunto, Marcelo Camardelli, falou sobre a questão das outorgas para reservação de água. Disse que sabe dos desafios e procura ouvir todos os lados para construir caminhos. Mostrou as entregas feitas especialmente no que se diz sobre irrigação. “Passamos por três safras com problemas de estiagem. Mas precisamos avançar muito ainda na irrigação do sequeiro, para trazer segurança hídrica para quem produz, pois isso reflete em toda a cadeia regional e na sociedade do seu entorno”, ponderou, acrescentando que um grupo de trabalho já está trabalhando na atualização da hidrografia do Estado de forma a corrigir erros.


Também na noite de palestras, o coordenador do Núcleo de Assistência Técnica e Extensão em Alegrete do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Ivo Mello, apresentou números da safra de arroz na região. Foram plantados 47,4 mil hectares no município, com produtividade de 9.150 quilos por hectare. "A notícia boa é que colhemos quase a mesma área do ano passado, mas tivemos uma produtividade acima de 300 quilos por hectare”, afirmou. Logo após foram entregues os banners do Selo Ambiental do Irga aos produtores que se destacaram pelas práticas sustentáveis na lavoura.

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