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AgroEffective/ABCCC

Cavalo Crioulo tem espaço para crescer nos Estados Unidos


Uma das paixões dos norte-americanos, os cavalos são um grande negócio e que movimenta um forte mercado nos Estados Unidos. A informação é do técnico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Rodrigo Py, que passa uma temporada no país acompanhando a rotina em um rancho na cidade de Purcell, no estado de Oklahoma.

Desde setembro, Py acompanha os trabalhos na propriedade do uruguaio Gabriel Diano, treinador com grande nome nas provas de rédeas no país, acompanha também as atividades da Therapy4horses, empresa especializada em fisioterapia equina, chefiada pela médica veterinária Maria Inês Diano, que realiza trabalhos de fisioterapia nos cavalos em treinamento do rancho e recebe alunos para cursos de especialização em fisioterapia. "Participo de todos os trabalhos da rotina do rancho, desde o manejo diário dos cavalos, serviço veterinário, acompanhamento em provas e leilões", salienta.

Sobre o espaço para o cavalo Crioulo nos Estados Unidos, o técnico da ABCCC afirma que a participação da raça ainda é pequena no país, onde há a predominância do Quarto de Milha nas competições. Os animais até então levados para o território americano não tiveram acompanhamento e acabaram subutilizados por não serem trabalhados com qualquer objetivo específico e também pelo desconhecimento da raça e da sua real potencialidade.

De acordo com Py, o desenvolvimento da raça em território americano passa por um trabalho de formação de parceria dos proprietários dos melhores cavalos Crioulos de rédeas hoje do Brasil com treinadores de ponta no país e que sejam formadores de opinião. "Além disso, teriam que vir junto já alguns bons potros para dar continuidade no projeto, porque também tem que haver sequência. Tenho bem claro que é um mercado extremamente atraente para o crioulo. Temos um longo caminho a percorrer. Mas o americano gosta de cavalo bom e bonito, e isso o nosso crioulo tem de sobra", ressalta.

A raça Crioula já chamou a atenção na conquista de bons resultados em solo norte-americano. Em 2010, o conjunto SJ Rodopio com Wellington Teixeira ficou entre os melhores do mundo nos Jogos Equestres Mundiais, realizado em Lexington Kentuchy, ficando em décimo quarto lugar. Em 2012, o cavalo Alma de Gato Cala Bassa, treinado por Roberto Jou, surpreendeu os americanos e terminou na quinta colocação no NRHA Futurity, realizado em Oklahoma.

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