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Criadores mineiros de cavalos Crioulos investem em qualificação profissional


No último ano, o cavalo Crioulo teve crescimento de 4,35% no país, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). No total, foram registrados 480,65 mil exemplares em todo o país, com alta verificada em todas as regiões brasileiras. No Sudeste, por exemplo, a evolução foi de 4,69%, especialmente puxado pelo número de usuários de animais para o lazer e também esportes equestres, além do trabalho a campo, com criadores de raças bovinas buscando os equinos como ferramenta na pecuária extensiva.

Em Minas Gerais não tem sido diferente. Desde 2015, com a criação do Núcleo de Criadores do Estado, o interesse pela raça Crioula tem aumentado dentro de um mercado que movimenta R$ 1,28 bilhão por ano e gera 240 mil empregos diretos e indiretos segundo dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Com isso, a preocupação com a qualificação da mão de obra vem sendo trabalhada pelos criadores mineiros. Tanto que nos dias 17 e 18 de fevereiro será realizado em Uberaba, durante a Expoinel, o primeiro curso de preparo de morfologia e julgamento, preparado para os proprietários dos cavalos e também os cabanheiros, que são os profissionais responsáveis pelos cuidados e preparo dos equinos.

Conforme o presidente do núcleo mineiro, Marcelo Moura, o objetivo é o de qualificar os profissionais, especialmente com o aumento da demanda pelo cavalo Crioulo na região Sudeste e Centro-Oeste. Como a raça tem suas particularidades em relação à outras, a ideia é mostrar aos profissionais quais são as exigências, especialmente na hora de preparar os animais para participar de exposições. "Queremos mostrar aos trabalhadores o estilo do crioulo na preparação dos animais", salienta.

Moura ressalta que o núcleo vem reforçando a divulgação da raça Crioula em exposições e feiras de bovinos. Neste ano novamente deve ser um dos destaques da Expozebu, com a segunda edição da exposição da raça durante o evento. Este trabalho, de acordo com o dirigente, vem obtendo resultados. "O espaço que a raça Crioula tem para crescer é muito grande, especialmente no centro e norte do país. Muitos dos criadores de Nelore que temos contato estão entrando primeiramente com cavalos para o serviço, mas se interessando pela genética e buscando esta genética do sul", observa.

De acordo com o analista de Expansão da ABCCC, Gérson Medeiros, junto com o crescimento do cavalo Crioulo, a entidade tem a preocupação de oferecer um bom resultado e com qualidade, e para isso é importante preparar pessoas que saibam trabalhar o cavalo, bem como apresentá-lo e da melhor maneira mostrar este produto para o mercado, em provas e em exposições. "Por isso a qualificação é muito importante, e quem acredita nisso tem buscado formas para melhorar o manejo e o trabalho com o animal", analisa.

Medeiros avalia que é mais interessante e viável qualificar a mão-de-obra local do que deslocar pessoas que já possuem esta prática para trabalhar em outros lugares fora do eixo Sul. "Por isso a ABCCC prioriza a formação desta mão-de-obra qualificada para trabalhar com cavalos, oferecendo cursos com profissionais da área, fomentando este mercado, que segue em crescimento e com muitos horizontes ainda para expandir", enfatiza.

O curso será ministrado pelo médico veterinário Thiago Andreolla Persici, supervisores técnicos da ABCCC, e pelo domador e cabanheiro e Claiton Jardel, o Dula. O evento ocorre no Parque Fernando Costa e inicia às 14h na sexta-feira, dia 17, e às 8h no sábado, dia 18. Informações e inscrições podem ser obtidas pelo telefone (34) 3317.2407 e e-mail nucleocrioulosmg@gmail.com.

Foto: Carlos Lopes/Divulgação

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