A maior pizza do Brasil foi assada na Expointer em evento organizado pela Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) nesta quinta-feira, 29 de agosto. Ao todo, foram cerca de 20 horas de preparo entre montagem de estruturas, manipulação de ingredientes, até o momento principal de entrega de mais de 1,2 mil fatias a frequentadores do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Centenas de pessoas acompanharam todo o processo, desde a noite anterior até a abertura do parque, no início da manhã. Durante a noite, a massa ficou na fase de preparação do glúten, como dizem os pizzaiolos, para posterior descanso durante a madrugada. Nesta quinta-feira, às 7h, a equipe comandada pelo pizzaiolo Peterson Secco, abriu a massa e a pré-assou. “A partir deste momento cessou a fermentação e começou o processo de cozimento”, explicou Secco. Ele conta que como não havia um forno industrial adequado para a experiência, a equipe improvisou um forno utilizando 12 tonéis que foram posicionados abaixo de um chapa de aço, abastecidos com lenha. Na pizza assada na Apil/RS foram usados queijos mussarela, gouda, provolone, parmesão e requeijão. Além disso, o pizzaiolo acrescentou rodelas de tomate, manjericão e orégano. Peterson se propôs a um desafio especial no evento da entidade: quebrar o seu próprio recorde. A pizza montada por ele anteriormente tinha 15 centímetros a menos da que foi produzida na Expointer. A iguaria foi produzida com 80 quilos de queijo, 20 litros de molho de tomate e 3,46 metros de diâmetro, totalizando 167 quilos de peso. O presidente da Apil/RS, Wlademir Dall’Bosco, ressaltou que a ideia foi dar destaque ao produto gaúcho de qualidade. “Hoje, uma preocupação que nós temos é que grande parte das pizzarias trabalham com queijos análogos que são feitos com amido e saborizados para que se pareçam com mussarela”, afirmou o presidente. O pizzaiolo Peterson Secco tem a mesma preocupação. Afirmou que, para se fazer uma pizza realmente boa, são necessários bons insumos, sendo que o queijo é o principal deles quando se fala de pizza no estilo gaúcho. Conforme o profissional, além da onda dos produtos sem lactose e com uma gama maior de conservantes, há produtos ainda piores utilizados para trazer um sabor ao produto que deveria ser natural. “A gente vê produtos que não deveriam estar no mercado pela baixa classificação e qualidade”, disse. Secco ressaltou que o trabalho realizado pela Apil/RS em parceria com os produtores faz com que se tenha produtos de excelente qualidade na região. Quem acompanhou o processo para certificar o recorde de maior pizza do Brasil foi Luciano Cadari, da Rank Brasil. Segundo ele, a maior dificuldade foi executar os cálculos de área da pizza e estimativa de peso para aferi-la. Após o anúncio do recorde, a pizza foi partida com a ajuda de um dos integrantes da equipe de Secco, deitado sobre uma prancha e suspenso por um guindaste numa espécie de rapel. É a mesma estratégia utilizada por ele para abrir a massa e realizar a cobertura, e que foi distribuída ao público.