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  • AgroEffective/Federarroz

Alta nas exportações em maio já era esperada por arrozeiros


No mês de maio foi registrado um forte aumento das exportações brasileiras de arroz, subindo para 172.811 toneladas, o maior volume mensal exportado desde a abertura do ano-safra, iniciado em março. Em relação ao mês de abril, a alta foi expressiva, chegando a 247,6%. Os números são da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A projeção da consultoria Agrotendências informa que mantida a média de embarques de arroz neste primeiro trimestre, de 121,3 mil toneladas, o Brasil poderá alcançar um volume total de vendas em 2015/2016 de 1,45 milhão de toneladas do cereal (base casca). Já as importações brasileiras no mês de maio seguem ocorrendo de forma tímida, garantindo a manutenção do perfil superavitário da balança comercial brasileira de arroz. Deste total, 35,7 mil toneladas foram importadas do Paraguai, o que representa 68% do total importado.

O destaque foi a exportação de 58 mil toneladas de arroz beneficiado para Cuba, que equivalem a 85,9 mil toneladas base casca, a um preço médio FOB de US$ 496 por tonelada. Conforme o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, a alta já era prevista já que no mês passado não houve a contabilização de parte dos números de exportações.

Dornelles, que semana passada esteve participando de evento com representantes das Américas em Cancún, no México, salienta que há um movimento forte de demanda pelo arroz brasileiro. O dirigente da Federarroz, que buscou contatos com membros do setor em outros países, afirma que novos mercados, como o mexicano, devem abrir as portas para o produto do Brasil. "A abertura do México depende somente de um pequeno ajuste burocrático. Pode-se observar o claro desejo pelo arroz brasileiro ao invés do Vietnamita ou mesmo o Norte-Americano. Isto vai contribuir para aumento da demanda", projeta.

Para o dirigente, os possíveis problemas comentados acerca de qualidade do produto enviado para América Central não comprometeram a imagem do arroz brasileiro, até porque foram pontuais. De acordo com Dornelles, são primordialmente problemas de logística, mais especificamente para Nicaragua que necessariamente precisaria utilizar o Canal do Panamá, encarecendo assim a operação, e pontualmente algumas cargas com maior odor de fumos, característica da secagem do Mercosul. “Estamos enfrentando a atual crise na orizicultura com profissionalismo, buscando mercado, escoando a produção, ao mesmo tempo que negociações junto ao Ministério da Agricultura estão avançando com objetivo a dar mais tranquilidade ao produtor”, destaca.

O presidente da Federarroz informa que juntamente com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), as entidades estão avaliando os comentários dos representantes dos países interessados no arroz brasileiro para qualificar a relação comercial com estes compradores. No entanto, Dornelles avalia que neste mês o Porto de Rio Grande está atrapalhando as operações de arroz. "O preço ao produtor está limitado e a necessidade de transbordo entre depósito e cais, decorrentes da falta de armazém com acesso direto a embarque aos navios, nos prejudica. A Federarroz e Farsul já estão trabalhando este problema. Já os embarques de contêineres seguem normalmente à África e ao Norte da América do Sul", revela.

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