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Abertura oficial do ENAPecan destaca homenageados e reforça união pelo avanço da pecanicultura

  • Foto do escritor: Rejane Costa
    Rejane Costa
  • há 4 horas
  • 3 min de leitura

Cerimônia em Cachoeira do Sul reconheceu produtores e empresas, reuniu lideranças do setor e abriu programação técnica com palestras sobre manejo de pomares, saúde do solo e controle de doenças (Foto: Rejane Costa/AgroEffective)
Cerimônia em Cachoeira do Sul reconheceu produtores e empresas, reuniu lideranças do setor e abriu programação técnica com palestras sobre manejo de pomares, saúde do solo e controle de doenças (Foto: Rejane Costa/AgroEffective)

A abertura oficial do II Encontro Nacional da Pecanicultura (ENAPecan) ocorreu na tarde desta quinta-feira, 6 de novembro, com a “Homenagem ao Pecanero” concedida a empresas e produtores que contribuíram e acreditaram no desenvolvimento da pecanicultura. Foram homenageadas as empresas Pecanero Brasil e RR Agrícola, além dos produtores Carlos Eduardo Scheibe, Demian Segatto da Costa, Eduardo Basso, Lailor Garcia e Marlei Cristine Pranke. O evento está sendo realizado no Campus da Ulbra em Cachoeira do Sul (RS).


Participaram da cerimônia e fizeram uso da palavra o prefeito de Cachoeira do Sul, Leandro Balardin, o presidente do IBPecan, Claiton Wallauer, o diretor técnico em exercício da Emater/Ascar, Luis Bohn, o coordenador do Pro-pecã na Secretaria Estadual da Agricultura, Paulo Lipp, o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Clima Temperado, Dori Edson Nava, e a diretora do Campus da Ulbra Cachoeira do Sul, Adriana Porto.


Wallauer agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância do evento para a cultura da nogueira-pecã. Ressaltou o apoio da prefeitura de Cachoeira do Sul, junto com a Secretaria Estadual da Agricultura. “Eu olho para todos que estão aqui neste ato e me sinto amparado para fazer os investimentos dentro da pecan. O elo está se tornando cada vez mais forte e vamos seguir avançando para colocar a noz-pecã brasileira em um lugar de relevância no setor mundial”, reiterou


Na sequência, a programação do evento à tarde teve a palestra “Inovações para o manejo do pomar ser produtivo”, como moderação do pecanicultor Demian Segatto. O primeiro a palestrar foi o engenheiro agrônomo da Embrapa Cerrados, doutor Fabio Buenos dos Reis Júnior, que abordou a “Tecnologia de bionálise do solo (BIOAS): Estratégia para melhorar pomares de noz-pecã”.


Júnior salientou que até 2020 quando o agricultor queria conhecer o solo tinha à sua disposição informações químicas e físicas, mas faltava um componente essencial: a biologia. “Depois de 20 anos de estudos na Embrapa Cerrados recomendamos para a saúde do solo o uso de duas enzimas: arilsulfatase e beta-glicosidase, associadas aos ciclos do enxofre e do carbono, respectivamente”, informou, citando que elas mostram ao produtor, com maior sensibilidade, os efeitos de mudanças no manejo no solo.


O palestrante colocou, ainda, que solos com elevados níveis destas enzimas vão se tornar mais produtivos e resilientes sob condições adversas, mais eficientes no uso de nutrientes, com menos emissão de gases de efeito estufa e produção de alimentos de melhor qualidade, entre outros fatores.


Depois, o engenheiro agrônomo e coordenador técnico do IBPecan e da Pecanita Agroindustrial Ltda, Jaceguáy de Barros, falou sobre “Manejo e controle de sarna e antracnose da nogueira-pecã: Situação prática no RS”. Barros referiu que o produtor precisa ter acesso a uma série de informações para poder atuar no combate de doenças nos pomares, especialmente sarna e antracnose.


Barros reforçou que a planta que não está bem fica mais suscetível às doenças. “Eu diria que esse é um ponto fundamental. Primeiro, quando falamos de problemas e doenças, vem a questão da saúde dessa planta. É o primeiro ponto que precisamos cuidar. Na sequência temos a questão da fertilização”, completou. Barros citou, ainda, questões que facilitam a proliferação de doenças nos pomares como clima chuvoso e temperaturas amenas, e estiagens e irrigação (falta ou excesso). Barros citou dados do Diagnóstico da Pecanicultura 2024/2025 onde 90% dos pomares não fazem irrigação e 52% não fazem pulverização. Colocou, por fim, a necessidade de os produtores terem acesso maior a investimento e crédito para aplicação de tecnologias de manejo correto nos pomares.


Ao final, Renata Gross, representante da empresa Jacto, do setor de máquinas agrícolas, falou sobre “Tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários na prevenção e controle eficiente de pragas e doenças". O II ENAPecan é uma realização do IBPecan em conjunto com a Prefeitura de Cachoeira do Sul, Emater e Embrapa. Possui o apoio de Pecanita, LM Parceria Rural, Pró-Pecã, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Ulbra e Sebrae.



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