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Avanço genético e manejo explicam aumento de partos múltiplos em ovinos

  • Foto do escritor: Nestor Tipa Júnior
    Nestor Tipa Júnior
  • há 31 minutos
  • 2 min de leitura
Casos de trigêmeos, quadrigêmeos e até quíntuplos chamam atenção e reforçam impacto da seleção genética nos rebanhos (Foto: Robispierre Giuliani/Divulgação)
Casos de trigêmeos, quadrigêmeos e até quíntuplos chamam atenção e reforçam impacto da seleção genética nos rebanhos (Foto: Robispierre Giuliani/Divulgação)

Casos de trigêmeos, quadrigêmeos e até quíntuplos em ovinos têm chamado atenção nas últimas semanas. Embora pareçam excepcionais, os nascimentos múltiplos são mais comuns do que se imagina e refletem avanços genéticos e práticas reprodutivas aplicadas nos rebanhos brasileiros.


Nas últimas semanas, relatos de partos múltiplos foram registrados em municípios como São Sepé, Quevedos, Pinheiro Machado, Xangri-lá e Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, Castro, no Paraná, e Quixeramobim, no Ceará. Em algumas propriedades, ovelhas deram à luz quadrigêmeas e até quíntuplas, gerando repercussão na imprensa regional e nas redes sociais.


Segundo o técnico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Fabricio Willke, a frequência crescente desses casos está diretamente ligada à genética. “Existem raças ovinas selecionadas para alta prolificidade. Algumas possuem genes específicos, como o Booroola, inicialmente identificado na raça Merino e introduzido em raças como Corriedale e Texel. Outro exemplo é o gene Vacaria, presente na raça Ile de France. Ambos foram cientificamente testados pela Embrapa”, explica.


Além da base genética, o uso de protocolos hormonais para indução de cio também influencia. “Animais portadores desses genes, independentemente das condições ambientais e nutricionais, tendem a ter ovulações múltiplas, resultando em parições com mais de um cordeiro”, reforça o técnico.


Do ponto de vista do melhoramento genético, partos múltiplos podem representar uma ferramenta estratégica para elevar a produtividade sem ampliar o número de matrizes. “O criador que introduz esse gene, seja por meio de reprodutores ou matrizes, consegue aumentar a taxa de natalidade e desmame, melhorando a rentabilidade. Mas é fundamental que o manejo nutricional e sanitário esteja ajustado a essa nova realidade”, completa Willke.



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