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Congresso de Ensino Agrícola trouxe um novo olhar na relação professor e aluno


A educação deve ter uma forte base tecnológica mas sem abrir mão da formação integral do ser humano, com todas as disciplinas interligadas, dialogando entre si. Com esta afirmação, o presidente da Associação Gaúcha dos Professores Técnicos em Ensino Agrícola (Agptea), Fritz Roloff, avaliou como decisivo o 36º Encontro Estadual de Professores e 8º Congresso Nacional de Ensino Agrícola, realizado em Rio Grande (RS), e que se encerrou nesta sexta-feira, 26 de novembro.


Roloff salientou a participação de 130 professores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro em um evento que debateu temas relacionados à agricultura, mas também buscou trazer um novo olhar frente ao mundo. “Este encontro foi decisivo para mudar um pouco o perfil dos nossos professores frente às suas ações nas escolas. A pandemia nos deixou tristes, sem rumo. Perdemos amigos e familiares. A nossa auto-estima ficou baixa e, por isso, entendemos que era hora de criar um evento presencial para podermos nos reencontrar, respeitando os protocolos sanitários exigidos para este momento”, observou.


De acordo com Roloff, os palestrantes conseguiram deixar a platéia motivada para que ocorram mudanças na ação dos professores junto aos seus alunos. “Achamos que o evento trouxe inovação, tecnologia e, principalmente, um novo olhar para nós mesmos frente aos nossos estudantes”, pontuou, colocando que apesar da incorporação de tecnologias de educação à distância, nada substitui a relação professor/aluno. “É justamente esta inter-relação que fortalece o processo de aprendizagem. Com certeza todos saíram felizes e nós estamos orgulhosos de poder contribuir um pouco nesse processo”, destacou.


O presidente da Agptea também ressaltou o debate feito em relação às mudanças previstas para o Ensino Médio, tanto em nível estadual quanto federal. Reforçou que quem está nesta caminhada da educação profissional há 30 anos ou mais, percebe um retrocesso, em especial na diminuição das horas/aula, o que vai impactar em muitas disciplinas. “O governo do Estado estipulou em 1.800 horas/aula máximo, o que significa retirar disciplinas que achamos fundamentais, que formam a cidadania e passam uma visão integral do ser humano”, afirmou.


Roloff garantiu que a Agptea vai continuar fazendo esta discussão por acreditar que as escolas precisam participar desse processo que deve ter ferramentas voltadas para o empreendedorismo e o resgate do cidadão, e não para sistemas preocupados apenas para o emprego. “Não basta ter um trator novo, um computador muito bom, se o indivíduo não conseguir compreender a importância disso dentro do meio ambiente, não ter empregabilidade ou não saber empreender algo novo”, concluiu.

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