Agptea fortalece processos pedagógicos e consolida avanços em 2025
- Rejane Costa

- há 16 horas
- 3 min de leitura

Realizações e conquistas marcaram o ano de 2025 da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea). O destaque principal foi o trabalho realizado em Minas do Camaquã, distrito de Caçapava do Sul (RS), onde estão sendo implantadas atividades pedagógicas que podem também servir de base para as escolas agrícolas incluírem em seus currículos, como algumas demandas voltadas à fruticultura.
O presidente da Agptea, Fritz Roloff, informa que na região está sendo plantada, em uma área de 10 hectares, a noz-pecã. Explica que é uma planta que produz a partir do oitavo ano e cuja renda pode chegar a até R$ 2 mil por árvore. “É uma receita que nenhuma outra cultura é capaz de gerar. Portanto, temos vários exemplos bons que serão demonstrados para a sociedade de forma pedagógica, de forma transversal, para que os alunos possam ter uma outra dimensão, não só pensar nas culturas que são commodities de exportação brasileira. Queremos, sim, mostrar que existem alternativas também para pequena propriedade rural”, enfatiza. Conforme Roloff, muitas vezes esses conteúdos não são inseridos nas bases curriculares, por isso, “é preciso redimensionar os caminhos e dar uma nova visão para que também a educação seja transformadora e inclusiva”.
Ainda em Minas do Camaquã, Roloff salienta o Instituto de Formação do Pampa, ligado à Agptea, que está se especializando e adaptando suas instalações para ser referência no envase e na validação do mel. “A produção melífera é muito grande no Rio Grande do Sul, e a região do Pampa produz um mel de altíssima qualidade, por ter ainda menos influência de agrotóxicos. Então, nós queremos ser essa referência também para mostrar que, especialmente nas pequenas propriedades, tanto a apicultura quanto a meliponicultura, que são as abelhas sem ferrão, têm condições de oferecer renda e contribuir para o ecossistema”, reitera.

Outro ponto destacado pelo professor foi o Encontro Estadual de Formação para Professores de Ensino Agrícola realizado pela associação, em Porto Alegre, e que chegou à sua edição de número 40. “Com mais de 100 pessoas participando, a nossa avaliação é de que o evento conseguiu debater temas que são vitais e fundamentais para um fazer pedagógico mais inclusivo, comprometendo os alunos já com o seu mundo do trabalho”, afirma.
Roloff lembra, ainda, que 2025 foi um ano em que os currículos foram readequados nas escolas agrícolas e muitos deles tiveram sugestões da Agptea. “A nossa ideia foi de que essas instituições escolares pudessem além de readequar seus currículos de acordo com a legislação vigente, também ampliar sua discussão com a comunidade. E isso, com certeza, faz toda a diferença para que realmente aquela escolha espelhe o que é importante para aquela comunidade escolar”, observa.
As atividades da Agptea, de acordo com o presidente, procuram sempre refletir um trabalho de ajuda ao professor, especialmente aquele que está em sala de aula. Já em relação aos associados aposentados, Roloff coloca que a entidade está cada vez mais apostando em apoio ao turismo e ao lazer. “Esses associados buscam outra forma de referência em relação à associação e por isso estamos fazendo melhorias na casa da praia da entidade, assim como temos o Agptea Minas Hotel e uma rede de apoio de hotéis em Porto Alegre”, informa.
Para 2026, Roloff espera que a Agptea faça uma boa gestão. Ao se referir ao processo eleitoral do ano que vem no país, o professor deseja que tudo transcorra em paz, sem brigas, sempre com a democracia em primeiro lugar. “Não queremos ser referência partidária, mas que as escolas promovam bons debates, sempre visando a tomada de posição para que cada corrente seja respeitada. Queremos um mundo que possa ser transparente, trazendo o cidadão sempre em primeiro lugar”, finalizou.





Comentários