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Escolas Agrícolas debatem a revitalização do processo educacional


Diretores e professores das escolas agrícolas do Rio Grande do Sul entregaram nesta quinta-feira, 9 de setembro, documento com reivindicações para o superintendente da Suepro, Superintendência da Educação Profissional do Estado, Frederico Cesar Matias Cardoso Guedes. Entre os itens que fazem parte da pauta estão o adicional de local de exercício, recursos humanos e repasse extraordinário para a autonomia financeira. O encontro ocorreu na casa da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).


De acordo com o presidente da Associação, Fritz Roloff, foi um dia muito importante porque ajudou a clarear questões fundamentais que irão ajudar a revitalizar o processo educacional. “Tivemos a oportunidade de discutir uma pauta que é emergencial, que diz respeito ao recurso financeiro e também em relação à nova legislação que está para entrar em vigor, que é o novo plano curricular nacional”, salientou, dizendo que o superintendente colocou que a escola não perderá a sua autonomia na construção dos seus currículos, assim como dos seus planos de curso, que irão para o Conselho Estadual de Educação.


O presidente do Conselho de Diretores das Escolas Agrícolas Estaduais, Luiz Carlos Cosmam, ressaltou que, pela especificidade destas instituições de ensino, como internatos, Unidades Educativas de Produção com animais, plantas, experimentos, seres vivos, além de atividades em finais de semana e feriados, é necessário que o governo tenha um olhar diferenciado. Salientou que as 26 escolas agrícolas do Estado formam mais de mil técnicos em agropecuária por ano. “São profissionais que estão ajudando a produzir riqueza e as escolas que os formam, muitas vezes, não são reconhecidas pelo trabalho que realizam”, destacou.


Segundo Cosmam, a grande maioria das escolas agrícolas perdeu o que chamava-se anteriormente de difícil acesso e, pela forma de organização dessas instituições, este ítem é um diferencial importante. Também colocou a questão da defasagem no repasse mensal efetuado pelo estado para a alimentação. “Como as escolas possuem internato é preciso oferecer refeição diária e, com o aumento no custo da alimentação, é imprescindível que haja um reajuste”, observou, lembrando, ainda, os gastos com a manutenção das instalações.


O superintendente da Suepro informou que a Superintendência está vendo a possibilidade de dar andamento para alguns dos pedidos já entregues pelo Conselho de Diretores para a própria Secretaria da Educação (Seduc). Guedes afirmou que as escolas técnicas agrícolas também devem ser enxergadas por suas especificidades dentro do mundo do trabalho e do interesse dos estudantes, além de fazerem uma entrega que fecha o ciclo entre teoria e prática. “Dentro da legalidade, vamos ajustando em um contexto de um novo Ensino Médio, com cautela e cuidado para que estas escolas não percam a sua identidade, a sua vocação”, pontuou.


O encontro contou também com as presenças da diretoria da Agptea, diretores, vice-diretores e professores das escolas técnicas agrícolas do Estado.


Foto: Ton Silva/Divulgação

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