IBPecan propõe consorciar visita de comitiva chinesa a outra cultura com foco na exportação
- Ieda Risco
- há 21 horas
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A coleta e análise de dados sobre a produção e áreas produtivas de pecan no Estado, foi um dos temas da reunião da Câmara Setorial da Pecan. O encontro reuniu diversas entidades ligadas à pecanicultura, na Secretaria da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural e Irrigação (Seapi), nesta quinta-feira, 26 de junho, com a presença do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan).
Os dados levantados pelo IBGE mostram que dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 293 deles possuem produção de pecan. Responsável pela apresentação, a pesquisadora Fernanda Aissafe de Mello informou que o instituto contabiliza que a área total de produção é de 5.398 hectares e que a área colhida é de 5.329 hectares. Além disso, a pesquisa do IBGE indica que o rendimento médio da pecanicultura é de 1.106 quilos por hectares e que a produção gaúcha é de 5.893 toneladas.
Produtor e ex-presidente do IBPecan, Demian Couto sugeriu ao IBGE que altere o período de apuração, que hoje é de abril a maio, para que a pesquisa seja feita após a colheita para que tenham mais precisão. “E o que nós temos percebidos junto aos nossos produtores associados é que a falta de uma metodologia científica de estimativa de produção tem causado muito erro nas estimativas do próprio produtor e da Emater”, destacou.
Outro ponto da pauta da Câmara e de grande interesse do IBPecan foi a irrigação, onde foi apresentado que o governo do Estado oferta, hoje, 20% de subsídio para projetos de irrigação. Inclusive, foi citado o exemplo de um produtor de pecan de Nova Pádua (RS), que de um projeto estimado em R$ 127 mil o produtor recebeu pouco mais de R$ 25 mil em subsídio.
O presidente do IBPecan, Claiton Wallauer, ao responder à fala de representante do Exporta RS, informou que o mercado interno não acompanha a velocidade de crescimento do setor e da oferta de nozes, causando baixa no preço da pecan. “Então, a exportação é fundamental. É uma ferramenta fundamental para que a gente tenha em vista conseguir manter preços estáveis, tanto no mercado interno e esse excesso de produto ser colocado no mercado externo. Nós temos certeza que a exportação não pode ser um processo que quando você tem produto sobrando você bate na porta “quero vender”. Não funciona assim e a gente entende desse processo”, apontou. Ele também contou que a sua propriedade, que recebeu inspeção e liberação para exportação de pecan com casca para a China, ainda não foi enviado nada para aquele país.
O instituto também destacou que, dois anos atrás, o Ministério da Agricultura consultou a entidade sobre viabilizar a vinda de uma comitiva chinesa para inspeção dos pomares e indústrias gaúchas. O valor solicitado giraria entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. Contudo, após a concordância do IBPecan e seus associados, o tema não avançou. A visita seria importante para que as relações entre produtores e chineses fossem estreitadas.
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