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  • Associação dos Arrozeiros de Alegrete

Alegrete debate planejamento estratégico para o setor agropecuário


O Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário de Alegrete (CMDA) realizou nesta quarta-feira, 30 de maio, reunião no CTG Aconchego dos Caranchos, que fez parte da programação da 11ª Semana Arrozeira do município. O encontro teve como objetivo construir o primeiro Workshop do CMDA. Estiveram representados diversos setores da agropecuária que se dividiram em grupos para debater e dar início a um planejamento estratégico, visando nortear ações para o desenvolvimento dos diversos segmentos que compõem a cadeia produtiva do município.

O presidente do Conselho, Leonardo Cera, informou que a ferramenta a ser utilizada para esta análise de ambiente interno e externo, que formará a base para um planejamento estratégico do setor, denomina-se F.O.F.A, que significa Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Conforme Cera, Forças e Fraquezas estão dentro da noção de gestão, que se tem controle, e Oportunidades e Ameaças, são fatores que estão no ambiente, mas não há controle sobre eles.

Cera explica que a escolha dessa metodologia é porque a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em conjunto com a Emater, estão construindo uma padronização dos planos agropecuários para que o governo do Estado possa ter um parâmetro de comparação entre os municípios. "A ideia é fazer um diagnóstico das ameaças, das oportunidades, identificando os pontos positivos para o crescimento e desenvolvimento do setor, assim como os pontos que devem melhorar", salientou.

O Conselho irá realizar diversas reuniões até o final do ano para construir uma ferramenta que vai basear o diagnóstico e as metas que o município de Alegrete pretende trabalhar nos próximos anos. "Precisamos usar a capacidade de todos, a nossa expertise local, para construir esse planejamento", observou.

Na dinâmica proposta nesta quarta-feira, os setores foram divididos em três grupos que elencaram pontos fortes e fracos de cada segmento. Também definiram prioridades e cenários de oportunidades. O grupo das Culturas Anuais, definiu como Forças, a aptidão agrícola, disponibilidade de recursos naturais, lideranças no agronegócio, infraestrutura de recebimento de grãos e cursos voltados ao agronegócio na região. Como Fraquezas, a posse da terra, carga tributária, logística/distância dos portos, disponibilidade de mão de obra qualificada e assimetria do Mercosul. Nas Oportunidades o grupo identificou a demanda por alimentos, otimização do uso de recursos hídricos, desenvolvimento de tecnologias e pesquisas, rotação de culturas - ILPF e ativação da malha ferroviária. Já nas Ameaças, elencou a carga tributária, monocultura êxodo rural e falta de atratividade no campo, burocracia “Questões Ambientais” e insegurança no campo.

O grupo da Pecuária definiu como Forças do setor, a grande área, a genética, as tecnologias disponíveis, instituições de ensino e afinidade em trabalhar com a pecuária. Nas Fraquezas, a resistência às mudanças, mão de obra não qualificada, baixa escolaridade, deficiência de sucessão no negócio e falta de gestão. Em Oportunidades elencou a grande demanda, parcerias externas, certificação geográfica, políticas públicas e zoneamento agroclimático. E nas Ameaças, o custo de produção, preços, insegurança no campo, política/descontinuidade e logística.

O grupo da Agroindústria definiu como Forças a disponibilidade de matéria prima, área propícia para produção, mercado a expandir, maior conscientização de segurança alimentar e força do nome da cidade. Nas Fraquezas, definiu a distância dos grandes centros/logística, concorrência com produtos de fora, burocracia, aptidão para produzir e não comercializar e vários níveis de inspeção. Nas Oportunidades, elencou as políticas públicas como incentivo, mercados institucionais, adesão ao SISBI, apelo de produtos com origem/artesanal e disponibilidade de novas tecnologias. E nas Ameaças, foram definidos os custos de produção e mercado, disponibilidade de mão de obra capacitada, políticas públicas, continuidade dos projetos nas mudanças de gestão e clima.

A próxima reunião para dar continuidade e aprofundar a criação do planejamento estratégico para a agropecuária do município de Alegrete ocorrerá em 7 de junho. A programação da 11ª edição da Semana Arrozeira continua na noite desta quarta-feira, dia 30 de maio, com a apresentação do programa Cerealiza e a palestra “Tendências do Agronegócio Mundial e Brasileiro para Grãos e Carnes, com Vlamir Brandalizze. Também ocorrerá a entrega da tese da presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Fátima Marchezan: “Atributos de solo e planta em função da aplicação cumulativa de cinza de casca de arroz no cultivo do arroz irrigado”.

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