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  • AgroEffective/Simvet-RS

Veterinários reforçam cuidados no tratamento do Mormo


O registro de um caso de Mormo no município de Rolante (RS) deixou em alerta as autoridades sanitárias gaúchas, não só as que trabalham com saúde animal. A enfermidade é uma zoonose por ser transmitida ao homem e não existe vacina para evitar a sua propagação. O Ministério da Saúde e as leis nacionais não permitem o tratamento, uma vez que o animal infectado se tornará portador da doença e pode disseminar o Mormo.

O Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) alerta para a necessidade de ações de prevenção. Os animais que apresentam teste positivo para o Mormo devem ser sacrificados, os utensílios utilizados no equino precisam ser queimados e o local onde vivia tem que ser desinfectado.

O médico veterinário João Pereira Junior afirma que o Ministério da Agricultura já está tomando as medidas necessárias para evitar a disseminação da doença. Uma delas é a exigência do atestado negativo para Mormo para ter a Guia de Trânsito Animal (GTA) liberada. "Para que a doença não se alastre é muito importante que nos próximos eventos, os médicos veterinários responsáveis trabalhem da melhor forma possível exigindo a GTA para que os cavalos tenham o exame do Mormo", salienta.

Uma vez instalada a enfermidade no animal, a propriedade ou o centro de treinamento em que ele se localiza é interditado e todos os animais devem ser testados, como foi feito pela Secretaria da Agricultura no criatório em Rolante. Entre 30 a 45 dias é preciso ser feita a segunda prova e em caso negativo, a propriedade será liberada. O médico veterinário do Simvet/RS salienta que ainda não é conhecida a forma como a doença chegou ao município gaúcho. Pereira Junior informa que por pelo menos 120 dias o Rio Grande do Sul vai permitir retirada de GTA apenas com exame do Mormo.

Transmissão

O Mormo é provocado por uma bactéria que pode contaminar qualquer tipo de equídeo, seja cavalos, mulas ou burros. O médico veterinário Pereira Junior explica que o contágio se dá por meio das secreções, como pus, corrimento nasal, urina, fezes e sêmen. Salienta que as pessoas que trabalham com os animais devem usar luvas e máscaras para evitar a possibilidade de contágio. "É preciso tomar muito cuidado pois os sintomas são semelhantes aos que aparecem nos equinos", observa.

O médico veterinário reforça ainda que, como não existe vacina, para evitar a disseminação da doença é necessário manter os animais com cochos individuais para comida e água, e não aproveitar utensílios já utilizados, como seringas e agulhas, que possam conter secreções de outros animais. Lembra que é obrigatória a comunicação ao Ministério da Agricultura quando surgem suspeitas de Mormo.

Dados do Ministério da Agricultura indicam que só em 2015 já foram registrados 155 casos de Mormo em 12 estados brasileiros, enquanto que em 2014 foram informadas 202 ocorrências da enfermidade.

Foto: Fernando Dias/Sec. da Agricultura do RS/Divulgação

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