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Pecuária precisa focar na apresentação dos benefícios da carne ao consumidor


A manhã desta quinta-feira, 9 de junho, na Arena Pecuária no segundo dia do Mosaico do Agronegócio foi aberta pela zootecnista e fundadora do Território da Carne, Andrea Mesquita. Ela abordou o tema “Tendências e Perspectivas do Novo Consumidor da Carne” para o público presente no Centro de Eventos do hotel Wish Serrano, em Gramado (RS) no evento organizado pela SIA, Serviço de Inteligência em Agronegócios e pelo Senar-RS. A especialista apresentou exemplos de três das dez tendências que constam no relatório Midan Top Meat Trends 2022. A primeira delas foi em relação à conveniência. Andrea explicou que o consumidor quer conveniência e ele paga a mais por esta conveniência. O segundo ponto trazido pela zootecnista foi a conexão humana, em especial na era das mídias digitais. O grande problema, segundo Andrea, ainda está na forma de comunicação das empresas. “O consumidor quer se conectar com estilo de vida, e a carne é o veículo”, frisou. Entre os tópicos, o mais lembrado foi o da saúde e bem estar. Mostrando imagens de buscas na internet, a especialista comprovou que não há associação entre carne e saúde. “A gente não associa a carne a bem estar. Precisamos nos associar com pessoas que falam de carne como saúde”, destacou, inclusive apresentando ideias que já estão sendo executadas neste sentido com formadores de opinião apresentados como embaixadores. Sobre a questão da sustentabilidade, Andrea salientou que este movimento acionado pelo consumidor também está atrelado a estes outros benefícios. Outra questão, de acordo com a especialista, foi a venda de características do produto carne. Exemplificando com outros setores industriais, a zootecnista mostrou que o que falta à cadeia é vender os benefícios. “Características falam sobre o produto, mas os benefícios que vendem os produtos. Isso faz a escolha do consumidor”, ressaltou. No segundo painel da manhã, o gerente técnico regional da DSM Tortuga, Eduardo Madruga, falou sobre o tema “Pecuária de Alta Performance”. Traçou um paralelo da pecuária com as outras culturas e o trabalho realizado na Integração Lavoura-Pecuária e que ainda é preciso evoluir neste quesito. “Temos apenas 25% da lavoura do brasil pisando pé de boi. Temos muito a avançar na integração lavoura pecuária”, afirmou. Em fotos, mostrou a base da eficiência produtiva com a interligação da qualidade do pasto, junto com a suplementação e a água. Além disso, Madruga também incluiu as pessoas como parte do processo de alta performance. Logo após, o diretor do grupo Koelpe, Eric Petter, falou sobre o tema da integração na propriedade, que fica em Castro, no Paraná, e trabalha na criação de Senepol e na produção de sementes. Ele apresentou o trabalho feito de seleção do rebanho e como utilizando as técnicas implementadas junto à consultoria da SIA trouxe resultados positivos para o sistema produtivo. Finalizando, o gerente de Serviços Técnicos da Biogenesis Bagó, Reuel Gonçalves, falou sobre a importância da gestão da sanidade, explicando que os gestores precisam se atentar sobre o produto final que desejam entregar, pois um animal com problemas de sanidade perde desempenho e não atinge seu máximo potencial produtivo, o que gera em um grande prejuízo no fechamento do ciclo. Recomendou entre diversas questões o treinamento de mão de obra. “Hoje quem está fazendo a gestão de sanidade são empresas privadas e estamos investindo nessa capacitação de mão de obra especializada. E essa gestão de sanidade vai garantir o manejo adequado”, disse.


Fotos: Eduardo Rocha/Divulgação

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