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Exemplo de criação pecuária no Paraná é tema do Prosa de Pecuária


O programa de Carne Hiper Precoce e Super Precoce da CooperAliança foi tema nesta terça-feira, 23 de maio, de mais uma edição do Prosa de Pecuária, live promovida mensalmente pelo Instituto Desenvolve Pecuária. Foram palestrantes o médico veterinário e especialista em reprodução na fazenda Cacic, de João e Cristina Samek, no Paraná, Mário do Carmo, o engenheiro agrônomo, produtor e reflorestador Jorge Samek e o engenheiro agrônomo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Paulino Takao Sakai.


Abrindo a palestra, Jorge Samek informou que a fazenda Cacic, localizada no Oeste do Paraná, possui cerca de 700 hectares, sendo 375 hectares de lavoura, com plantio de soja, milho e aveia, e 240 hectares com pastagem. “Estamos renovando sempre, fazendo o roteamento entre pastagem e lavoura. E, neste momento, estamos com 200 hectares de aveia para suprir a necessidade da pastagem de inverno. O nosso animal desde o nascimento ganha peso de forma sistemática até o abate”, enfatizou, destacando o trabalho realizado com qualidade, sempre pensando no conforto animal, com sustentabilidade, os solos permanentemente checados com análises e adubações necessárias, e inovações.


Samek também lembrou que seu pai desde o começo optou por uma genética de ponta. “Com a raça Nelore ganhamos muitos prêmios em exposições e a partir de um determinado momento iniciamos o cruzamento com o Angus. E, de forma gradativa, melhoramos cada vez mais o desempenho da nossa atividade. Todo ano fazemos na fazenda um Dia de Campo com troca de informações”, explicou. Samek citou, ainda, o surgimento da CooperAliança, uma cooperativa especializada em Angus, que trouxe segurança jurídica e financeira.


Mário do Carmo, por sua vez, disse que em torno de 1987 foi preciso pensar em algo da porteira para fora na fazenda e melhor qualidade, surgindo então a parceria com a CooperAliança. “Um grupo de animais da fazenda foi avaliado e aceito. A partir daí fomos trabalhar forte, buscando genética. Procuramos indivíduos dentro da raça Angus que pudessem ser melhoradores e fomos fazendo o melhoramento genético sempre buscando animais boca larga, com aptidão de leite, melhoramos o plantel cada dia mais”, observou, colocando que tem vacas que são inseminadas 20/25 dias após o parto. Conforme Do Carmo, os animais da fazenda Cacic mantêm o rendimento de carcaça acima de 55%.


Paulino Takao Sakai, ao fazer a sua apresentação, mostrou que na fazenda o rendimento médio de carcaça dos machos é de 60,61%, com 15 meses de idade e 23.81 arrobas. Já nas fêmeas, o rendimento de carcaça é de 57,28%, com praticamente 17 arrobas e 14 meses de idade. Segundo Sakai, isto prova que se o trabalho for realizado com qualidade, o resultado aparece. “Não se deve ter medo de mudar o sistema de produção. O trabalho bem feito é remunerado”, comentou.


Sakai lembrou que quando iniciou seu trabalho na fazenda a produção de forragem era boa no verão, mas no inverno havia depressão e baixa qualidade. “Neste tipo de sistema de exploração, o Nelore é imbatível, mas quando se consegue fazer uma programação forrageira é preciso ter um animal que consiga explorar melhor o teu sistema produtivo. E foi aí que fizemos a mudança para interromper a falta de forragem no inverno. Colocamos na nossa programação forrageira como pastejo de verão a estrela africana em 240 hectares, a vacada que faz um pastejo contínuo com creep feeding e novilhos com pastejo contínuo com suplementação variada. Já no pastejo de inverno, colocamos aveia em 200 hectares, vacada com pastejo contínuo com feno e novilhos com pastejo contínuo com suplementação variada”, explicou.


Em relação ao mercado, Sakai ressaltou que ele pede um novilho ou novilha com 14 meses e pelo menos quatro milímetros de gordura e um rendimento de carcaça em torno de 58% ou 56%. De acordo com o especialista, para chegar a este rendimento de carcaça a base teórica é usar alimentos concentrados. “Com a utilização de uma ração proteinada e milho na dieta, as nossas médias de rendimento de carcaça saltaram de 57,8% para 60% nos machos, e nas fêmeas de 55,47% para 57%. Isso melhora muito o serviço dentro da propriedade”, explicou, finalizando a palestra com a afirmação de que quando houve a mudança no sistema de produção da propriedade, “muitos duvidaram que fosse possível fazer um hiper precoce no sistema de semi-confinamento, mas conseguimos”.


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